Era uma vez uma terra chamada Terra Ali Ao Lado, onde moravam reis, rainhas, princesas e príncipes, imperadores e imperatrizes, fadas e muitos outros seres e animais encantados!
Era um sítio onde não havia lugar para tristeza e, mesmo quando era de noite, a lua brilhava tanto, mas tanto, que não deixava a terra ficar às escuras! Todos os habitantes eram muito felizes e viviam sem preocupações, quase se podia chamar a “terra dos felizes para sempre”.
Certo dia, numa ensolarada tarde, dois estranhos chegaram à Terra Ali ao Lado. Apavorados, alguns animais encantados esconderam-se por entre os verdes ramos e arbustos dos densos jardins, com medo. Aqueles desconhecidos podiam ser uma ameaça para a paz que existia naquele lugar!
De repente ouviu-se um silêncio ensurdecedor na cidade, não havia mais nada na rua a não ser aqueles dois seres estranhos, especados no meio da praça.
-Uhuhuhuhh! Está aí alguém?! - perguntou um deles
-Eu tomei banho esta manhã! - respondeu o outro, com ar muito digno .
-Eu tomei banho esta manhã! - respondeu o outro, com ar muito digno .
- Sim, é, tomou! E chegou perfume de … Bom não interessa, vamos lá animar isto. Todos juntos :
1,2,3,4 “ Hakuna matata é tão fácil dizer.
Hakuna matata sim tu vais perceber…
Os teus problemas são para esquecer
Hakuna matata sim tu vais perceber…
Os teus problemas são para esquecer
Para sobreviver tens que aprender…
Hakuna matata” - cantaram juntos!
O medo desapareceu e todos os habitantes da Terra Ali Ao Lado entraram no contagiante ritmo da música que os estranhos cantavam. A festa e animação habitual instalaram-se, mesmo sem ninguém saber quem eles eram. Porém, este cenário não agradou a todos.
Na Terra Ali Ao Lado viviam seres mais desconfiados e medrosos, e estes, bem…, não aceitaram de boa vontade a chegada daqueles dois desconhecidos! Afinal tratava-se de um javali feio e gordo e de um estranho, delgado e pequeno suricata.
- De onde viriam?! Seriam perigosos?!
O senhor Lei, devido a uma forte dor de dentes, estava rabugento e decidiu acabar com toda aquela festa. Responsável pela segurança da Terra Ali Ao Lado, exigiu que os intrusos fossem levados à sua presença!
Em instantes, mesmo ali no meio da praça, rapidamente se instalou um verdadeiro tribunal. O javali e o pequeno suricata apresentaram-se diante do polícia e, após um minuto de silêncio, este perguntou-lhes:
- Quem sois vós?! De que parte do mundo encantado vêm vocês?!
- Quem sois vós?! De que parte do mundo encantado vêm vocês?!
Tomando a palavra o javali disse:
- Ele é o Timon.
- E ele é o Pumba. -disse o Timon.
- Então, ele é o Timom e eu sou o Pumba.
- Sim ele é o Pumba e…..
- Chega! Já todos entendemos quem é quem! Que energia a vossa! - disse o senhor Lei com um ar já meio cansado e irritado. Porém prosseguiu:
- Bom, apresentem-se, mas de uma forma mais inteligente!
- Eu, eu, eu, eu, eu, eu primeiro! - disse o javali
- Vá Pumba, podes ser tu o primeiro - permitiu o senhor Lei
- Eu não me vou apresentar a mim, mas sim o Timon. Ora bem, o Timon é um suricata, delgado, pequeno, egoísta e ganancioso! É tão ganancioso que foi expulso da sua própria família. E agora encontrou-me a mim e nunca mais me largou. -disse ele
- Ai é?! Ai é?! Pois bem, agora este pequeno e delgado suricata vai apresentar este feio e gordo javali. Basta apenas dizer que ele não tem amigos pelo seu cheiro natural, por isso eu não o quero mais ao pé de mim! – disse, zangado.
Sendo assim, o senhor Lei, cansado da situação, ordenou que ambos fossem expulsos da cidade!
Num instante nuvens negras cobriram o céu e todos ficaram tristes, ninguém esperava que o senhor Lei tomasse aquela decisão, nunca na Terra Ali Ao Lado se passara algo assim.
Com coragem, a Ursa Teresa levantou-se e disse:
- Não! Nós não podemos concordar com esta situação! Nunca ninguém foi expulso da nossa cidade, eles merecem uma segunda oportunidade.
De imediato todos os presentes se levantaram e concordaram com a Ursa Teresa, obrigando assim o Senhor Lei a ceder à vontade de todos os seres encantados. No entanto, tinham de ser tomadas algumas medidas para garantir a paz e, para agradar a todos os habitantes da “Terra Ali ao Lado”, ele anuncia quais os castigos que lhes seriam aplicados.
- Perante esta situação, se quiserem manter-se na cidade, terão de construir cada um a sua própria casa. - diz o polícia
- Eu, pequeno como sou, qualquer buraco serve para mim. Já tu, com essa barriga, só acabarás de construir essa casa quando as vacas ladrarem. -diz o Timon.
- Gordo eu?! - diz o Pumba ofendido - fica a saber que tenho uma beleza natural e gordura é formosura, já tu….
- Chega, meus caros visitantes, já se faz tarde! Por esta noite podem dormir em minha casa, mas amanhã, bem cedo, tratem de ir buscar os materiais para começarem a construir as vossas humildes casas. -diz a Ursa Teresa.
Deste modo, dirigiram-se para a casa da Ursa Teresa para poderem descansar, amanhã ambos teriam um dia muito atarefado!!!
De manhã, a anfitriã encarregou-se de acordar os seus hóspedes.
- Acordem, vamos, acordem! -diz a Ursa Teresa - vão ter um longo e trabalhoso dia pela frente, amigos.
- Ainda me faltam alguns minutos de sono! - diz o Timon muito ensonado.
- Não há desculpas! Vá, levantem-se! Comam o que vos deixei na cozinha e tratem de ir construir o que vos foi pedido! - respondeu autoritariamente a Ursa Teresa.
- Já estamos a postos - profere o Pumba
- Quem nos vai fornecer os materiais? -pergunta o Timon.
- É o Bob Construtor, um habilidoso que vive cá na terra, ele dar-vos-á tudo o que precisam. - responde a Ursa Teresa
- Óptimo! Mãos à obra Timon?! - pergunta o Pumba
- Considera-me pronto. A minha casa vai ser melhor que a tua - diz o Timon com a língua de fora.
- Não te iludas, ó Suricata!- responde convictamente o Javali
Após uma troca breve de palavras, estes dois seres encantados vão ao encontro do ajudante que a ursa Teresa indicara.
- Viva meus amigos!!- diz Bob - São estes os seres mal comportados que tenho que orientar?!
- Não somos mal comportados, eu só não gosto dele, e ele não gosta de mim. - responde Pumba
- Não dê importância ao Javali. -diz Timon
- Pronto, pronto, chega de conversa! Ajudem-me a carregar os materiais para o camião. -pede Bob.
Ao chegar ao sítio onde vão construir as suas casas, depararam-se com dois duendes que ocupavam o sítio sem permissão. Ninguém sabia da sua existência, só o Timon e Pumba os tinham visto escondidos por entre as árvores após terem chegado ao local.
Mafarrico e Sonso, são estes os nomes dos seres avistados.
O Pumba dirige-se ao local:
- Este é o sítio onde quero construir a minha casa. - comunica ele.
- Eu fico com o outro lado sem problema nenhum. - diz o Timon
- Uauuu Timon! Tu não o contrariaste? - pergunta o Bob
- Não, é cedo, não me apetece e tenho sono. -diz o Suricata.
- Bom, seja como for deixo-vos sozinhos. Mãos ao trabalho, boa sorte! – incentiva o Bob
Ficaram então os dois em silêncio e após esse momento dizem um para o outro :
- Timon! Quando chegamos aqui não viste nada estranho?!
- Sim, eu também os vi! E agora?! Quem serão eles?!
- Não sei, mas temos de descobrir o mais rápido possível, não me pareceram nada bons como os nossos outros amigos da terra.
- Mas agora vou começar a construir a minha casa, e tu devias fazer o mesmo. - diz o Timon.
Entusiasmadamente Pumba começa a construir a sua casa, enquanto que o pequeno Timon está encostado a uma árvore, acabando por adormecer.
Enquanto tudo isto se passava, Sonso e Mafarrico, observavam-nos atentamente a fim de arranjarem um plano maléfico, para os impedir de construir as suas casas naquele local, trazendo-lhes assim grandes e graves problemas.
- Limita-te a ouvir-me. Temos de agir e rápido. - diz Mafarrico
- Sim, sim. O que faremos? - pergunta Sonso
- Anda comigo que eu já te explico. - diz com um ar malandro
Chegados ao seu covil, Mafarrico conta o seu plano a Sonso:
- O meu plano é fazer com que aquele javali e aquela coisa, que eu não sei o que é, se virem um contra o outro!
- Boa, Boa, mas como?! - pergunta o Sonso.
- Bem, vamos roubar os materiais àquele bicho pequeno e assim o javali é que passa por ladrão. Eles zangam-se e nós ainda ficamos com os materiais que o Bob lhes deu!
- Fixe, és mesmo esperto Mafarrico!! Quando vamos fazer isso?- interroga o Sonso
- Fixe, és mesmo esperto Mafarrico!! Quando vamos fazer isso?- interroga o Sonso
- Hoje à noite, quando eles forem dormir, nós atacamos! - diz o Mafarrico.
Rapidamente anoiteceu na “Terra Ali Ao Lado” e os dois amigos decidiram voltar para casa da ursinha:
- Timon, vamos indo embora? Estou muito cansado.
- Sim, sim, vamos! Está a ficar noite. - responde ele.
Os dois duendes, ao vê-los a irem embora, foram buscar os materiais e levaram-nos para o seu covil secreto.
Na manhã seguinte:
- PUMBA!!!!! Roubaste os meus materiais, porquê? Se os teus eram poucos para fazeres uma casa onde conseguisses entrar, eu não tenho culpa. Devolve-mos, JÁ!!
- Eu não roubei nada!
- Não mintas, devolve-mos!
- Timon, não fui eu, tens que acreditar em mim. Espera!!! Acho que sei quem os tem!
- Quem? Quem?
- Lembras-te daqueles dois duentes que vimos quando cá chegamos ontem? Foram eles que cá vieram de noite!! Tenho a certeza.
- Oh! Não inventes Pumba!
- Pronto Timon, está bem, mas não fui eu!!!!
- Já sei! Aqueles dois que vimos ontem, foram eles que cá vieram enquanto dormíamos.
- Mas isso foi o que eu disse …- diz o Timon desanimado.
- Sou um génio, Pumba! Um Génio! Vamos procurá-los.
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