sábado, 21 de maio de 2011

Hakuna Matata


Era uma vez uma terra chamada Terra Ali Ao Lado, onde moravam reis, rainhas, princesas e príncipes, imperadores e imperatrizes, fadas e muitos outros seres e animais encantados!
Era um sítio onde não havia lugar para tristeza e, mesmo quando era de noite, a lua brilhava tanto, mas tanto, que não deixava a terra ficar às escuras! Todos os habitantes eram muito felizes e viviam sem preocupações, quase se podia chamar a “terra dos felizes para sempre”.
Certo dia, numa ensolarada tarde, dois estranhos chegaram à Terra Ali ao Lado. Apavorados, alguns animais encantados esconderam-se por entre os verdes ramos e arbustos dos densos jardins, com medo. Aqueles desconhecidos podiam ser uma ameaça para a paz que existia naquele lugar!
De repente ouviu-se um silêncio ensurdecedor na cidade, não havia mais nada na rua a não ser aqueles dois seres estranhos, especados no meio da praça.
            -Uhuhuhuhh! Está aí alguém?! - perguntou um deles
            -Eu tomei banho esta manhã! - respondeu o outro, com ar muito digno .
            - Sim, é, tomou! E chegou perfume de … Bom não interessa, vamos lá animar isto. Todos juntos :
           
1,2,3,4 “ Hakuna matata é tão fácil dizer.
Hakuna matata sim tu vais perceber…
Os teus problemas são para esquecer
Para sobreviver tens que aprender…
Hakuna matata” - cantaram juntos!

O medo desapareceu e todos os habitantes da Terra Ali Ao Lado entraram no contagiante ritmo da música que os estranhos cantavam. A festa e animação habitual instalaram-se, mesmo sem ninguém saber quem eles eram. Porém, este cenário não agradou a todos.
            Na Terra Ali Ao Lado viviam seres mais desconfiados e medrosos, e estes, bem…, não aceitaram de boa vontade a chegada daqueles dois desconhecidos! Afinal tratava-se de um javali feio e gordo e de um estranho, delgado e pequeno suricata.
            - De onde viriam?! Seriam perigosos?!
O senhor Lei, devido a uma forte dor de dentes, estava rabugento e decidiu acabar com toda aquela festa. Responsável pela segurança da Terra Ali Ao Lado, exigiu que os intrusos fossem levados à sua presença!
            Em instantes, mesmo ali no meio da praça, rapidamente se instalou um verdadeiro tribunal. O javali e o pequeno suricata apresentaram-se diante do polícia e, após um minuto de silêncio, este perguntou-lhes:
            - Quem sois vós?! De que parte do mundo encantado vêm vocês?!
            Tomando a palavra o javali disse:
            - Ele é o Timon.
            - E ele é o Pumba. -disse o Timon.
            - Então, ele é o Timom e eu sou o Pumba.
            - Sim ele é o Pumba e…..
            - Chega! Já todos entendemos quem é quem! Que energia a vossa! - disse o senhor Lei com um ar já meio cansado e irritado. Porém prosseguiu:
            - Bom, apresentem-se, mas de uma forma mais inteligente!
            - Eu, eu, eu, eu, eu, eu primeiro! - disse o javali
            - Vá Pumba, podes ser tu o primeiro - permitiu o senhor Lei
            - Eu não me vou apresentar a mim, mas sim o Timon. Ora bem, o Timon é um suricata, delgado, pequeno, egoísta e ganancioso! É tão ganancioso que foi expulso da sua própria família. E agora encontrou-me a mim e nunca mais me largou. -disse ele
            - Ai é?! Ai é?! Pois bem, agora este pequeno e delgado suricata vai apresentar este feio e gordo javali. Basta apenas dizer que ele não tem amigos pelo seu cheiro natural, por isso eu não o quero mais ao pé de mim! – disse, zangado.
Sendo assim, o senhor Lei, cansado da situação, ordenou que ambos fossem expulsos da cidade!
Num instante nuvens negras cobriram o céu e todos ficaram tristes, ninguém esperava que o senhor Lei tomasse aquela decisão, nunca na Terra Ali Ao Lado se passara algo assim.
Com coragem, a Ursa Teresa levantou-se e disse:
            - Não! Nós não podemos concordar com esta situação! Nunca ninguém foi expulso da nossa cidade, eles merecem uma segunda oportunidade.
De imediato todos os presentes se levantaram e concordaram com a Ursa Teresa, obrigando assim o Senhor Lei a ceder à vontade de todos os seres encantados. No entanto, tinham de ser tomadas algumas medidas para garantir a paz e, para agradar a todos os habitantes da “Terra Ali ao Lado”, ele anuncia quais os castigos que lhes seriam aplicados.
            - Perante esta situação, se quiserem manter-se na cidade, terão de construir cada um a sua própria casa. - diz o polícia
            - Eu, pequeno como sou, qualquer buraco serve para mim. Já tu, com essa barriga, só acabarás de construir essa casa quando as vacas ladrarem. -diz o Timon.
            - Gordo eu?! - diz o Pumba ofendido - fica a saber que tenho uma beleza natural e gordura é formosura, já tu….
            - Chega, meus caros visitantes, já se faz tarde! Por esta noite podem dormir em minha casa, mas amanhã, bem cedo, tratem de ir buscar os materiais para começarem a construir as vossas humildes casas. -diz a Ursa Teresa.
            Deste modo, dirigiram-se para a casa da Ursa Teresa para poderem descansar, amanhã ambos teriam um dia muito atarefado!!!
De manhã, a anfitriã encarregou-se de acordar os seus hóspedes.
            - Acordem, vamos, acordem! -diz a Ursa Teresa - vão ter um longo e trabalhoso dia pela frente, amigos.
            - Ainda me faltam alguns minutos de sono! - diz o Timon muito ensonado.
            - Não há desculpas! Vá, levantem-se! Comam o que vos deixei na cozinha e tratem de ir construir o que vos foi pedido! - respondeu autoritariamente a Ursa Teresa.
            - Já estamos a postos -  profere o Pumba
            - Quem nos vai fornecer os materiais? -pergunta o Timon.
            - É o Bob Construtor, um habilidoso que vive cá na terra, ele dar-vos-á tudo o que precisam. - responde a Ursa Teresa
            - Óptimo! Mãos à obra Timon?! - pergunta o Pumba
            - Considera-me pronto. A minha casa vai ser melhor que a tua - diz o Timon com a língua de fora.
            - Não te iludas, ó Suricata!- responde convictamente o Javali
Após uma troca breve de palavras, estes dois seres encantados vão ao encontro do ajudante que a ursa Teresa indicara.
            - Viva meus amigos!!- diz Bob - São estes os seres mal comportados que tenho que orientar?!
            - Não somos mal comportados, eu só não gosto dele, e ele não gosta de mim. - responde Pumba
            - Não dê importância ao Javali. -diz Timon
            - Pronto, pronto, chega de conversa! Ajudem-me a carregar os materiais para o camião. -pede Bob.
Ao chegar ao sítio onde vão construir as suas casas, depararam-se com dois duendes que ocupavam o sítio sem permissão. Ninguém sabia da sua existência, só o Timon e Pumba os tinham visto escondidos por entre as árvores após terem chegado ao local.
            Mafarrico e Sonso, são estes os nomes dos seres avistados.
            O Pumba dirige-se ao local:
            - Este é o sítio onde quero construir a minha casa. - comunica ele.
            - Eu fico com o outro lado sem problema nenhum. - diz o Timon
            - Uauuu Timon! Tu não o contrariaste? - pergunta o Bob
            - Não, é cedo, não me apetece e tenho sono. -diz o  Suricata.
            - Bom, seja como for deixo-vos sozinhos. Mãos ao trabalho, boa sorte! – incentiva o Bob   
            Ficaram então os dois em silêncio e após esse momento dizem um para o outro :
            - Timon! Quando chegamos aqui não viste nada estranho?!
            - Sim, eu também os vi! E agora?! Quem serão eles?!
            - Não sei, mas temos de descobrir o mais rápido possível, não me pareceram nada bons como os nossos outros amigos da terra.
            - Mas agora vou começar a construir a minha casa, e tu devias fazer o mesmo. - diz o Timon.
Entusiasmadamente Pumba começa a construir a sua casa, enquanto que o pequeno Timon está encostado a uma árvore, acabando por adormecer.
Enquanto tudo isto se passava, Sonso e Mafarrico, observavam-nos atentamente a fim de arranjarem um plano maléfico, para os impedir de construir as suas casas naquele local, trazendo-lhes assim grandes e graves problemas.
            - Limita-te a ouvir-me. Temos de agir e rápido. - diz Mafarrico
            - Sim, sim. O que faremos? - pergunta Sonso
            - Anda comigo que eu já te explico. - diz com um ar malandro
            Chegados ao seu covil, Mafarrico conta o seu plano a Sonso:
            - O meu plano é fazer com que aquele javali e aquela coisa, que eu não sei o que é, se virem um contra o outro!
            - Boa, Boa, mas como?! - pergunta o Sonso.
            - Bem, vamos roubar os materiais àquele bicho pequeno e assim o javali é que passa por ladrão. Eles zangam-se e nós ainda ficamos com os materiais que o Bob lhes deu!
            - Fixe, és mesmo esperto Mafarrico!! Quando vamos fazer isso?- interroga o Sonso
            - Hoje à noite, quando eles forem dormir, nós atacamos! - diz o Mafarrico.
Rapidamente anoiteceu na “Terra Ali Ao Lado” e os dois amigos decidiram voltar para casa da ursinha:
            - Timon, vamos indo embora? Estou muito cansado.
            - Sim, sim, vamos! Está a ficar noite. - responde ele.
            Os dois duendes, ao vê-los a irem embora, foram buscar os materiais e levaram-nos para o seu covil secreto.
            Na manhã seguinte:
            - PUMBA!!!!! Roubaste os meus materiais, porquê? Se os teus eram poucos para fazeres uma casa onde conseguisses entrar, eu não tenho culpa. Devolve-mos, JÁ!!
            - Eu não roubei nada!
            - Não mintas, devolve-mos!
            - Timon, não fui eu, tens que acreditar em mim. Espera!!! Acho que sei quem os tem!
            - Quem? Quem?
            - Lembras-te daqueles dois duentes que vimos quando cá chegamos ontem? Foram eles que cá vieram de noite!! Tenho a certeza.
            - Oh! Não inventes Pumba!
            - Pronto Timon, está bem, mas não fui eu!!!!
            - Já sei! Aqueles dois que vimos ontem, foram eles que cá vieram enquanto dormíamos.
            - Mas isso foi o que eu disse …- diz o Timon desanimado.
            - Sou um génio, Pumba! Um Génio! Vamos procurá-los.

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